12 Lições de Roelof Botha sobre Venture Capital em Startups!

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Venture Capital

Roelof F. Botha (nascido em Setembro de 1973) é um Investidor de Risco (Venture Capitalist) e diretor de startup. A sua profissão é Atuário.

Ele é sócio de um dos maiores fundos de investimento de risco do mundo, o Sequoia Capital, e atualmente participar do conselho de startups como Jawbone, Eventbrite, Evernote, Mahalo, Natera, Nimbula, Square, Tokbox, Tumblr, Weebly, Unity, Whisper e Xoom. Ele também trabalha com a 10gen, AssureRX, FutureAdvisor, Instagram, Mixpanel e MuSigma. E já participou do conselho de empresas como Meebo e YouTube antes desta ser adquirida pelo Google.

Na Forbes Midas List, a lista anual dos maiores investidores de tecnologia, ele foi classificado no número 22 em 2008 e 26 em 2009.

“Alguns democratizam o acesso a tecnologia (Square, Eventbrite, Unity); alguns criam comunidades globais (YouTube, Tumblr, Instagram, Whisper, QuizUp); e outros rompem mercados através de modelos de negócios inovadores (Evernote; Weebly; Xoom).” (Roelof F. Botha)

Em 2001, antes de entrar no Sequoia, Botha era CFO do PayPal.

— Trecho Retirado e Traduzido do Wikipedia.

Baseado em algumas frases ditas pelo investidor, podemos tirar valiosas lições, confira:

Número 01

 A característica chave [de um fundador] é o desejo de resolver um problema para o consumidor. É a paixão que o guia, não ‘Eu acho que este será um negócio bilionário e eu quero entrar porque eu posso ficar rico’.

‘Eu procuro paixão no empreendedor, a habilidade de descrever um problema articuladamente, e a claridade que ele pode explicar o porquê ele tem uma solução única e atraente para resolver o problema

A maior parte dos empreendedores de sucesso tendem a começar com um desejo de resolver um problema interessante — que muitas vezes vem de uma frustração pessoal.

O Capital de Risco exige investimentos com altíssimo retorno por causa da alta taxa de mortalidade dos negócios. Poucos vencedores podem compensar as muitas falhas. Você não pode suportar esta Lei de Potência se não contar com os poucos Unicórnios (Startups que ultrapassam 1 bilhão em valor). O fato é que os fundos de Venture Capital focam em grandes mercados e em negócios altamente escaláveis, com potencial de crescimento de receita exponencial. A maioria das empresas não são candidatas ao Venture Capital porque elas possuem crescimento de receita e lucro linear. A melhor forma então para este tipo de empreendedor que nunca terá um negócio com potencial de receita acima de U$100 milhões seria buscar injeção de capital de amigos, família ou até mesmo no banco.

Número 03

O empreendedorismo é muito maior do que a participação de Venture Capital.

A maioria das empresas ditas por seus fundadores como em necessidade de capital de risco na verdade são pequenos negócios em busca de pequenas quantias de financiamento. As pessoas que iniciam esses negócios são legítimas empreendedoras. Muitas vezes elas estarão melhores com financiamentos ou empréstimos normais. Os negócios criados por estes empreendedores são muito importantes para a economia e os empregos do país. Mas eles não são os tipos de negócios que se encaixa para os fundos de Investimento de Risco. A quantidade total de investimento de Capital de Risco em relação a todo o resto da economia é relativamente pequena. Mas o impacto causado pela inovação e produtividade que o Investimento de Risco traz é muito grande, mesmo com a quantidade relativamente pequena de dólar investido por ano.

Número 04

Pense em si mesmo como um ponto central de uma rede.

A melhor forma de escalar um negócio é criando flywheels (pêndulo, que continua se movendo sozinho, sem parar), que é um outro nome para o fenômeno de auto reforço (self-reinforcing phenomena). E no centro de qualquer flywheels beneficiando qualquer startup está o fundador e seu time. Para criar uma flywheel eles devem criar uma rede que se reforça mutuamente. A parte difícil é superar o problema do ovo e da galinha. Como o negócio pode gerar o momentum inicial antes de todas as peças estiverem no seu lugar? Geralmente o pontapé incial toma forma de uma galinha ou de um ovo grátis.

Número 05

A resposta [para criar uma flywheel] está em duas variáveis essenciais: o tamanho do mercado e o potencial de valor. Qualquer crescimento se dará através de uma curva exponencial, e então estabilizará com a saturação. Se o limite máximo da oportunidade de mercado é de U$200 milhões, mesmo se você conseguir uma flywheel, ela te levará de vinte para sessenta ou setenta, mas então esgotará porque você saturou o espaço disponível.

Quanto maior o mercado, mais espaço você tem — então se você atingir aquele joelho da curva, você poderá crescer exponencialmente por um longo tempo. Dobrando o valor da empresa por três a quatro anos consecutivos, o que te levará a criar uma grande e importante startup. Esse é o elemento chave do flywheel.

Para atingir um nível de crescimento exigido por fundos de Venture Capital é melhor surfar em um fenômeno não-linear. A lei de Moore é um destes fenômenos especialmente quando o negócio também é beneficiado pelos efeitos de uma rede. Algumas vezes a flywheel é criada em pequenos mercados e isto não é tão interessante para os investidores de risco, já que eles estão em busca de alto retorno vindo de unicórnios.

Número 06

As startups podem acabar com dinheiro demais. Elas podem ter caixa para queimar por 15 meses. E assim se tornam complacentes e não há pensamento crítico o suficiente. As coisas pioram aos 9 meses e transforma-se em uma crise. E aí ninguém mais quer investir nelas.

Josh Kopelman da First Round Capital tem um ótimo artigo sobre levantar capital em determinados estágios, no qual ele diz: “Você deve focar em 18 a 24 meses de capital após Series Seed (Concepção).” Ele também faz importantes observações sobre o quanto é difícil levantar capital para o Series A (Gestação) em relação ao estágio Seed. A quantidade de capital disponível para o Series A não é muito maior, e o número de startup no estágio Seed competindo pelo dinheiro é maior do que era no passado. Uma regra sugerida é que uma startup que tem 12 meses de caixa deve estar pensando em levantar mais capital, e definitivamente já deveria ter levantado na hora que tiver apenas 9 meses, e deveria ficar bem nervosa se estiver apenas 6 meses de caixa nas mãos.

Número 07

Para alcançar um grande sucesso, muitas coisas deverão estar juntas. Em alguns casos, o que parecer ser um trajeto suave olhando de fora na verdade é muito mais parecido com uma experiência de morte; poucas mudanças e o resultado seria totalmente diferentes. Existe sempre uma mistura de habilidade e sorte envolvidos.

Você tem que se colocar em uma posição para ter sorte.

Quando consideramos a diferença entre sorte e habilidade sempre é melhor nos referirmos a frase de Michael Mauboussin: “Existe uma maneira rápida e fácil de testar se uma atividade envolve habilidade; pergunte-se se você pode perder de propósito. Na matéria de habilidade, está claro que você pode perder intencionalmente. Mas quando você está jogando na roleta ou na loteria, você não consegue perder de propósito.”

Número 08

Empresas problemáticas podem tomar mais o seu tempo do que aquelas bem sucedidas.

O tempo é o recurso mais escasso de um investidor de risco. E o que mais toma tempo é uma startup com um monte de problemas. Quando um problema aparece, é que se vê a importância de um ótimo conselho, diretores e mentores, e é por isso que quando se tem escolha, uma startup quer muito mais que dinheiro. Investidores que trazem expertise e influência para a empresa sempre são preferíveis aos puramente financiadores.

Número 09 

É importante escolher investidores iniciais que não estão ansiosos ou correndo para sair do negócio

Com quem você está fazendo negócio? Você realmente deve conhecer os VCs que estão trabalhando com você. Você está essencialmente entrando em um relacionamento de longo prazo.

Considere uma matriz simples de 2 x 2: em um eixo contem as opções fácil de lidar com seu fundador, ou não. No outro, você tem um fundador excepcional, ou não. É fácil descobrir em qual quadrante os fundos estão dispostos a investir.

Quando você está entrando em um relacionamento com pessoas que estarão na sua vida por muitos anos, porque você escolheria envolver com pessoas difíceis de lidar? Além de piorar as suas chances de sucesso, o processo até lá te fará infeliz. Por que infeliz? Porque a vida é curta.

Número 10

Pense sobre investimento privado. É muito diferente de hedge-fund ou investimento público; você pode tirar vantagem do psicológico do mercado ou avaliações erradas de curto prazo porque você pode vender. Nós não temos este luxo no Venture Capital. Nós não podemos apostar se a moda ainda prevalecerá nos próximos três anos. Por definição nós temos que ter uma postura de longo prazo. Talvez a empresa irá ao público ou será comprada em três, cinco, dez anos — quem sabe…Nós gostamos de longo prazo.

Sequoia é famosa por dizer as startups de seu portfólio: “Se você não tem caixa para uma corrida longa, é melhor ter um modelo de receita que te dará um fluxo de caixa positivo rapidamente”. Warren Buffett trata o caixa como uma opção de compra sem data de validade. Buffett diz: “Dinheiro combinado com coragem em uma crise não tem preço”. É durante os tempos difíceis que as contratações são fáceis e baratas, então criar uma empresa pode ser ironicamente atraente nesta época.

Número 11

A medida que a distribuição de investimento em uma startup segue a Lei da Potência, você não pode esperar ganhar dinheiro simplesmente assinando cheques. Isto é, oferecendo commodity. Você deve estar apto a ajudar as empresas de seu portfólio de uma maneira diferenciada, aconselhando ou utilizando a sua rede de contato para ajudá-las.

Cada startup e seus colaboradores são únicos. Elas precisam de ajuda para encaixar o seu produto no mercado, recrutar funcionários, ajuda financeira e outros. Se os investidores de risco não estão ajudando neste tipo de coisa, ela arranjou os investidores errados. Venture Capital é um negócio de serviço, não apenas uma maneira da fazer dinheiro emprestando dinheiro.

Número 12

Há uma vantagem nas Ciências Atuariais que eu não gostava quando entrei no curso. O Prof. Robert Dorrington na UCT uma vez disse: “Atuários são treinandos a pensar nos próximos 30 anos e contadores são treinados a pensar no ano passado.” Parte do que é reforçado nas Ciências Atuariais é o pensamento de longo prazo e é baseado nesta filosofia que trabalho hoje. Nós investimos em empresas que empregam três funcionários e temos que imaginar no que ela se transformará nos próximos 10 ou 15 anos.

Imaginar o futuro não é ciência, mas uma arte. Boetha só precisa estar certo poucas vezes como Venture Capital. Esta frase dele resume o que ele busca para investir: “O segredo para [ter sucesso ao] iniciar uma startup é puramente motivacional…Se você conseguir nos contar uma história genuína com proposta de valor atraente, você terá nos fisgado.”

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Olá, meu nome é Lucas, tenho 35 anos. Sou formado em Administração pela Universidade Fumec de BH, trabalho com Construção Civil e invisto na Bolsa de Valores desde 2009. Sou leitor assíduo de livros sobre Mercado de Ações, Empreendedorismo, e de histórias de superação. Sou adepto ao Investimento em Valor, filosofia de Ben Graham, e uso esse blog como estímulo para sempre buscar conhecimento e motivar outras pessoas para que elas não desistam do que realmente querem. A minha filosofia é de que conhecimento deve ser compartilhado de graça, porque no fim das contas todos saem ganhando. Continue acompanhando os novos artigos, e não esqueça de comentar! Se quiser me achar no Instagram pra bater um papo, é @buyandhold -- Obrigado! -- PS: Siga o blog Buy and Hold no Instagram, Twitter, e Face, clicando nesses ícones aí embaixo. Você não vai se arrepender! :P

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