A menos que você esteja ganhando, a maior parte da vida será terrivelmente injusta para você.
A verdade é – a vida é determinada por regras diferentes do que a maioria das pessoas imaginam.
As regras verdadeiras foram retiradas desse artigo escrito no blog Oliveremberton. Elas, de fato, fazem sentido. Mas são um pouco mais complicadas, e bem menos confortantes. Isso explica porque a maioria das pessoas nunca irá aprender, ou irá fazer vista grossa.
Regra #1: A vida é uma competição
A empresa que você trabalha? Alguém está tentando eliminar, fazer ela desaparecer do mapa. O trabalho que você gosta? Alguém adoraria criar um programa de computador para substitui-lo. Aquela namorada / namorado / cargo de alto salário / Prêmio Nobel que você quer? Alguém também quer, e fará o possível para ganhar de você.
Todos nós estamos em uma competição, apesar de não querermos admitir. A maioria das conquistas só são notáveis quando estão relacionadas as outras pessoas. Se você consegue correr mais quilômetros que outros, ganha mais dinheiro que a maioria, ou ganha mais curtidas no Facebook do que a média, é isso que importa. O número absoluto dessas coisas não significa nada. A base de comparação será sempre em relação ao que outras pessoas alcançam.
Claro que é uma coisa dolorosa de acreditar. É por isso que sempre incentivamos como se essa competição não existisse. “Apenas faça o seu melhor”, nós ouvimos. “Você só está competindo com você mesmo”. O engraçado é que incentivos como esses são feitos, na verdade, para fazer você persistir e tentar ficar cada vez melhor. Se a competição realmente não importasse, a gente apenas diria para as crianças que estão se esforçando para desistirem.
Felizmente, nós não vivemos em um mundo onde todos devem se matar para prosperar. A beleza da civilização moderna é que existe oportunidades abundantes, e suficientes para todos nós, mesmo se não competirmos diretamente um com o outro.
Mas nunca acredite na ideia coletiva de que não existe uma competição. As pessoas se vestem bem para ganhar parceiros. Elas participam de entrevista para ganharem a vaga de emprego. Se você negar que essa competição existe, você só vai perder. Tudo aquilo que existe demanda, existe gente competindo pra ganhar. E as melhores coisas só estão disponíveis para aqueles que estão realmente dispostos a lutar por elas.
Regra #2. Você é julgado pelo o que faz, não pelo o que pensa
Mas não é assim que nós nos julgamos. Nós nos julgamos pelos nossos pensamentos.
“Eu sou uma boa pessoa”. “Eu sou ambicioso”. “Eu sou melhor do que isso”. Esse tipo de pensamento pode nos confortar a noite, mas não é assim que o mundo nos enxerga. Nós não enxergamos nem as outras pessoas assim.
Boas intenções não importam. Um sensação interna de honra, amor e de dever cumprido não serve para nada. O que exatamente você pode fazer ou já fez para o mundo?
As habilidades não são premiadas por suas virtudes. Qualquer que seja a admiração que a sociedade tem por nós, ela virá da perspectiva egoísta de outras pessoas. Um porteiro que trabalha duro será menos recompensado pela sociedade do que um corretor de ações impiedoso. Um pesquisador que busca a cura do câncer será menos recompensado que uma top model. Por quê? Porque essas habilidades são mais raras e impactam um maior número de pessoas.
Nós gostamos de pensar que a sociedade recompensa aqueles que fazem o melhor trabalho. Mas na realidade, a recompensa da sociedade é apenas um efeito de network. Quanto maior o número de pessoas que você impacta, maior será a recompensa:
Escreva um livro que não foi publicado e você não será ninguém. Escreva Harry Potter e o mundo vai querer saber quem você é. Salve uma vida, e você será o herói da sua cidade, mas cure o câncer e você se tornará uma verdadeira lenda.
Infelizmente essas mesmas regras se aplicam a todos os talentos, mesmo os mais repulsivos: fique pelado para uma pessoa e talvez você fará ela sorrir, fique pelado para cinquenta milhões de pessoas e você se tornará a Kim Kardashian.
Você pode odiar isso. Você pode ficar enojado. Mas a realidade é indiferente, o mundo não se importa. Você é julgado pela a habilidade que você tem, e o volume de pessoas que você impacta. Se você não aceita isso, então o julgamento do mundo parecerá bem injusto mesmo para você.
Regra #3. A nossa ideia de justiça se dá por interesse próprio
As pessoas gostam de inventar autoridade moral. Isso explica porque temos juízes nos esportes e nos tribunais: nós temos um senso inato sobre o que é certo e o que é errado, e nós esperamos que o mundo haja de acordo. Os nossos pais nos ensinam isso. Os nossos professores nos ensinam isso. Seja um bom garoto e você vai ganhar presente do papai noel.
Mas, novamente – a realidade é indiferente. Você estudou muito, mas não passou no exame. Você trabalhou duro, mas não foi promovido. Você ama ela, mas ela não retorna as suas ligações.
O problema não é que a vida seja injusta; o problema é a sua ideia errada sobre injustiça.
Observe aquela pessoa que você é afim mas ela não é afim de você. Ela é uma pessoa completa. Uma pessoa com anos de experiências sendo alguém completamente diferente de você. Uma pessoa real que interage com centenas e milhares de pessoas todos os anos.
Agora quais são as chances levando em consideração tudo isso, de você ser automaticamente a sua primeira opção e o amor da vida dela? Por quê – você existe? Por quê você sente algo por ela? Isso pode importar para você, mas a decisão dela não é sobre você.
Similarmente nós adoramos falar mal dos nossos chefes e outros tipos de autoridades. Os julgamentos deles são injustos. E estúpidos. Porque eles não concordam comigo! E eles deviam! Porque eu sou inquestionavelmente a maior autoridade em tudo no mundo inteiro!
É verdade que existe figuras de autoridade totalmente horríveis. Mas elas não são cem por cento maldosas, egoístas e monstros que agem só para encher os próprios bolsos e terem prazer vendo a sua miséria. A maioria está tentando dar o seu melhor, sob diferentes circunstâncias.
Talvez elas saibam coisas que você não sabe – por exemplo, que a empresa irá falir se eles não tomarem medidas impopulares. Talvez eles tenham prioridades diferentes de você – por exemplo, dêem prioridade para um crescimento de longo prazo em vez de uma alegria de curto prazo.
Mas seja lá como eles te fazem sentir, as ações de outras pessoas não são um julgamento cósmico sobre você. Elas são apenas consequências de todos estarem vivos. O universo não conspira contra e nem a favor.
Porque a vida não é justa
A nossa ideia sobre justiça não é alcançável. É apenas um conjunto de desejos.
Você poderia imaginar o quão insano a vida seria se realmente existisse justiça para todo mundo? Ninguém poderia gostar de outra pessoa que não fosse o amor de sua vida, por medo de ter o coração partido. As empresas só iriam falir se todos os seus funcionários fossem pessoas más. Os relacionamentos amorosos só acabariam quando ambos os parceiros morressem ao mesmo tempo. A chuva só molharia as pessoas ruins.
A maioria de nós ficamos tão presos a nossa ideia de como o mundo deveria funcionar que nós não enxergamos como ele realmente funciona. Mas enxergar como o mundo realmente funciona pode ser o segredo para você ampliar o seu entendimento sobre o mundo, e com ele, alcançar todo o seu potencial.