Investir em ações exige uma análise criteriosa por parte do investidor. Inicialmente se faz necessário analisar a empresa e posteriormente os dados micro e macroeconômicos…e concluo que:
A situação atual da bolsa no Brasil está excelente para investir em ações! Sei que alguns vão achar que estou louco, mas quero deixar claro que acumulo ações a infinito prazo, que está acima do longo!
São diversos fatores que me leva a crer nisso:
– Explosão de preços dos imóveis. Como se sabe, a grandíssima maioria dos investidores brasileiros ainda investem em imóveis, o restante, em investimentos como poupança (pode-se chamar de investimento?), tesouro direto, CDB, entre outros. A minoria investe em ações. Esse quadro está mudando, mas bem lentamente. Isso é ruim para nós investidores? Não, excelente!!!!! A boom imobiliário fez com que todos focassem em imóveis. Sabe o efeito manada? Pois é…enquanto tem gente brigando para ver quem paga mais alto pelos imóveis, estamos aqui nós, bem quietos, acumulando ações.
– Aumento das taxas de juros. Pra completar ainda teve o aumento das taxas de juros, o que desestimula investimentos (que pode ser ruim para empresas que investimos), mas que por outro lado desestimula alguns investidores a aplicarem na bolsa. Consequência? Ações mais baratas para a gente. Os analistas, corretores, enxergam isso como um fato negativo. Talvez se eu tivesse no lugar deles, também acharia. Afinal, quanto maior o número de negociações, melhor para o bolso deles, né?
– Economia incerta, Dilma, PT. É fato conhecido que empresários gostam de partidos mais conservadores. O PT não é amigo dos empresários. Graças a isso investidores estrangeiros e brasileiros pisam no freio. Se não houver uma política de estímulos correta, a consequência se dá no crescimento do PIB do país, o que atrapalha investimentos tornando-se, portanto, um círculo vicioso. Horrível, não? Pode ser para você. Pra mim, não. Eu sou acumulador de ações! Sempre focado no longo prazo.
– Bolsa desvalorizada, despencando e considerações finais. O fato de as ações estarem tão baratas permite uma análise um pouco menos cautelosa. Eu me preocupo mais com a reputação e desempenho da empresa em seu setor do que nos detalhes de seu balanço contábil. Olho fatores básicos, que podem ser encontrado nos sites como o Fundamentus e GuiaInvest. Endividamento, P/L, Valor de mercado em relação ao patrimônio líquido, e esse tipo de coisa.
Busco por notícias nos últimos tempos que podem ser relevantes. Vejo como é o mercado em que atua e qual a participação da empresa nesse mercado. Vejo reclamações de clientes e o que os clientes falam dessa empresa. Acho essa último item citado muito importante para empresas que vendem para o consumidor final. Preocupo mais com a reputação da empresa e com a sua cultura. Qual é o comportamento da empresa e de seus funcionários. O que a empresa defende, qual sua missão, visão e valores. Não leio isso em site, porque se o que dizem no site servisse para alguma coisa, todas as empresas seriam dignas de investir. Tento achar isso fazendo uma pesquisa de mercado.
Se quiser entender melhor, recomendo a leitura de “O Jeito de Peter Lynch Investir.”
E por último, busco empresas de nome forte em seu segmento. O que a AMBEV representa no setor de consumo? O que a VALE representa no ramo de mineração? O que a BEMATECH representa no ramo de TI? O que a ALPARGATAS representa no ramo de calçados?
A bolsa está barata e agora é uma EXCELENTE oportunidade para investir, se você está focado no longo prazo. É muito importante que você fique atento a última palavra, LONGO PRAZO. O Brasil não é um país de economia estável como os países desenvolvidos.
A economia pode (e provavelmente irá) continuar piorando nos próximos anos. Entretanto se a bolsa de valores fechasse hoje para abrir daqui a 10 anos, eu utilizaria todo o meu dinheiro para comprar ações de boas empresas que estão com preços muito acessíveis.
Já passamos por dificuldades muito sérias mas continuamos de pé. Somos um país grande, de economia forte. Somos 200 milhões de pessoas com muitas necessidades a serem supridas.
Lembre-se: foque em empresas pouco endividadas, estáveis, em ramos de negócios lucrativos que ficarão bem em uma eventual crise. Evite empresas estatais.